Nos últimos anos, a degradação ambiental causada pelas atividades humanas tem gerado impactos negativos em ecossistemas, recursos naturais e na qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, o tratamento de efluentes industriais emerge como uma das ações essenciais para minimizar danos causados pelas atividades produtivas ao meio ambiente.
Neste artigo, você entenderá:
- o que são efluentes e quais são suas principais características;
- a importância do tratamento adequado;
- como funciona o tratamento de efluentes;
- por que muitas empresas optam por terceirizar esse serviço.
O que são efluentes?
Efluentes são resíduos produzidos por indústrias, atividades agrícolas ou ambientes domésticos e descartados no meio ambiente na forma de líquidos ou gases. Quando despejados na natureza de forma inadequada, eles alteram a qualidade dos corpos receptores (água e ar) causando sua degradação.
Esses materiais contêm uma variedade de substâncias que podem representar riscos ao meio ambiente e à saúde humana, como:
- sólidos suspensos;
- matéria orgânica;
- metais pesados;
- compostos químicos.
Quais são as principais características dos efluentes industriais?
Os efluentes industriais são despejos líquidos resultantes das diversas etapas de um processo produtivo. Algumas de suas principais características são:
Cor
A cor do efluente industrial é influenciada pelos compostos presentes nele. Na indústria têxtil, por exemplo, ele pode assumir a cor dos corantes e pigmentos utilizados nos processos de produção.
Efluentes com cores escuras podem reduzir a penetração da luz solar na água, afetando a fotossíntese de plantas aquáticas e a produção de oxigênio. Além disso, eles tendem a absorver mais radiação solar, causando um aumento na temperatura.
pH (potencial hidrogeniônico)
O pH é uma medida da acidez ou alcalinidade de uma solução aquosa, variando de 0 a 14, onde pH 7 é neutro. Valores abaixo de 7 indicam acidez, e valores acima de 7 indicam alcalinidade.
Níveis extremos desse indicador podem ser prejudiciais à vida aquática. Águas muito ácidas podem causar a morte de peixes e outros organismos porque prejudicam suas membranas celulares e capacidade de respiração. Por outro lado, águas alcalinas podem levar a uma redução na disponibilidade de oxigênio dissolvido.
Por isso, os processos de tratamento podem incluir a neutralização do pH, utilizando ácidos para diminui-lo ou bases para aumentá-lo.
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e DQO (Demanda Química de Oxigênio)
A DBO é uma medida que avalia a quantidade de oxigênio consumida por microrganismos aeróbicos (que requerem oxigênio) para degradar a matéria orgânica presente no efluente. A DQO, por sua vez, avalia a quantidade de oxigênio necessária para oxidar quimicamente a matéria orgânica e alguns compostos inorgânicos.
Níveis elevados de DBO e DQO podem causar poluição significativa, pois diminuem o oxigênio disponível para organismos aquáticos, causando a morte de peixes e outros seres vivos. Já os níveis baixos podem indicar a ausência de matéria orgânica suficiente para sustentar microrganismos aeróbicos, afetando a disponibilidade de alimentos e habitats.
Importância do tratamento adequado de efluentes industriais
As indústrias são as principais responsáveis pela produção dos resíduos despejados no meio ambiente. O tratamento adequado desse material é de extrema importância por várias razões:
- efluentes não tratados podem contaminar recursos hídricos e prejudicar a qualidade da água;
- existem leis e regulamentos rigorosos para o descarte de efluentes que estabelecem padrões de qualidade para proteger o meio ambiente e a saúde pública;
- empresas conscientes devem adotar práticas sustentáveis e responsáveis para minimizar seu impacto ambiental;
- alguns efluentes podem podem ser reaproveitados após o tratamento adequado, reduzindo o consumo de água.
Quais são os tipos de tratamento de efluentes?
O tratamento de efluentes industriais deve seguir as diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e as legislações municipais e estaduais. Basicamente, isso é feito em três etapas:
- concentração do poluente a ser eliminado;
- retirada da poluição por métodos específicos;
- recuperação de um produto razoável.
A combinação de procedimentos mais adequada depende das características do efluente, mas os principais podem ser organizados nas seguintes categorias:
Tratamentos físico-químicos de efluentes
Os tratamentos físico-químicos envolvem uma combinação de etapas físicas e químicas para remover contaminantes de efluentes com características complexas ou que não são facilmente tratados apenas por tratamentos biológicos. Os principais processos dessa categoria incluem:
- coagulação e floculação;
- precipitação química;
- adsorção;
- ajuste de pH;
- oxidação avançada.
Tratamentos biológicos de efluentes
O tratamento biológico de efluentes usa microorganismos que consomem a matéria orgânica como fonte de energia, produzindo biomassa e transformando-a em compostos mais estáveis, como água e gás carbônico. Os principais processos dessa categoria são feitos com:
- lodos ativados;
- lagoas de estabilização;
- reatores anaeróbicos.
Por que terceirizar o tratamento de efluentes?
Como cada tipo de resíduo demanda equipamentos adequados e precisa seguir processos variados na ordem correta, muitas empresas optam por terceirizar o tratamento de efluentes para parceiros especializados. Dessa forma, elas obtém benefícios como:
- redução de custos, pois não precisarão investir em infraestrutura e tecnologias de tratamento, além de evitar gastos com treinamento e contratação de pessoal especializado;
- conformidade com as normas e regulamentos sobre tratamento de efluentes, garantindo o cumprimento das exigências legais;
- foco no core business, deixando a gestão ambiental para os especialistas.
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